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PILATES ALIADO A DANÇA

Quem já pratica a dança sabe que o equilíbrio e a concentração são dois dos principais pontos para conseguir acertar alguns passos e ser preciso nos movimentos mais complexo, quem pratica pilates sabe da exigência sobre o equilíbrio, tem que ter concentração total no que se está fazendo, e isso só acontece com a prática. Aos poucos, cada exercício vai exigindo mais concentração e equilíbrio, o que pode ajudar muito na dança e também na vida, já que corpo equilibrado influencia diretamente em uma mente saudável.

O Pilates sempre esteve próximo da dança, sendo utilizado para melhorar a performance de seus praticantes por meio de melhorias na precisão, concentração, centralização, respiração, fluidez e no controle dos movimetos, elementos que formam a base do método. O pilates visa o bem-estar de pessoas das mais diferentes idades, os bailarinos de qualquer tipo de dança, estão entre aqueles que mais aproveitaram seus exercícios para o aprimoramento técnico, melhorando seu rendimento. A técnica do pilates da qualidade na execução dos movimentos trabalhando bastante a musculatura interna, que é bem exigida para quem dança. Por ser um sistema de baixo impacto, que utiliza o peso do próprio corpo ou aparelhos com molas em suas atividades, o Pilates permite treinar os movimentos de forma mais segura, coordenada, precisa e alinhada, possibilitando uma performance de excelência para quem pratica.

Pessoas dos mais diferentes biotipos podem contar com uma modalidade de exercícios capaz de proporcionar o bem-estar físico e mental, para quem atua com dança, em especial, incorporar esse tipo de treinamento a sua rotina apresenta um grande potencial para elevar seu rendimento, adquirindo movimentos mais conscientes, harmoniosos, precisos e fluidos, ideais para aumentar sua performance nos ensaios e nas apresentações.

Cuide de você! Tenha seu corpo em equilíbrio para uma mente sã e uma vida saudável.

 

Paloma Caroline (professora de dança do ventre e pilates)

02/03/2022

www.palomacaroline.com.br

 

HISTÓRIA DA DANÇA DO VENTRE E OBJETIFICAÇÃO DA MULHER

A dança feminina existe desde os primórdios da humanidade. Sua origem data entre 7000 e 5000 a.C. Seus movimentos aliados a música e sinuosidade semelhante a uma serpente foram registrados no Antigo Egito, Babilônia, Mesopotâmia, Pérsia e Grécia, e tinham como objetivo preparar a mulher através de ritos religiosos dedicados a deusas para se tornarem mães. Nesta época as mulheres eram sacerdotisas e dançavam para comemorar também a fertilidade da terra e as boas colheitas. Ou seja, se comemorava a maternidade e que a terra deu frutos e que todos iriam sobreviver porque tinham o alimento.

Logo após esta época, a mulher foi sendo considerada uma das culpadas das mazelas do mundo.

Isso porque por ser mulher, existir, incitava a luxuria masculina.

Foi quando a mulher começou a ser proibida de dançar, e a dança assim ser considerada mundana, como em algumas passagens bíblicas inclusive como a historia de SALOMÉ.

Mas na verdade a mulher dançava em seus templos, cultuando os Deuses da época. Isso não envolvia de maneira alguma o uso da dança para seduzir homens necessariamente.

De acordo com o documentário Pyramid Code, os faraós estavam abertos a reconhecer a igualdade do Sagrado Masculino e do Sagrado Feminino. A consciência matriarcal estava associada à eternidade, ciclos de tempo e arte. A consciência patriarcal estava associada à história, ao tempo linear, ao dogma, à racionalidade, à realidade da vigília e à ciência. Ambos eram de igual valor.

Desde o Primeiro e o Segundo Períodos Intermediários (2100 aC-1550 aC) até o Período Ptolomaico (300 aC-30 aC), vemos períodos em que as mulheres foram elevadas aos níveis mais altos da sociedade. As mulheres eram donas de empresas educadas e havia poucos limites. O que aconteceu como resultado? Cultura prosperou.

Mas com o advento do patriarcado tudo mudou. E não foi do dia pra noite. As deusas, primeiro, convivem com deuses… até serem derrotadas por eles. A filosofia aristotélica se instala. É então que a sociedade começa a controlar a vida e a sexualidade da mulher. Nosso corpo vira objeto, as danças femininas passam a ser vistas como ameaça ao novo domínio político.

Somos vendidas como escravas sexuais, e também como esposas em negociações entre homens. Viramos mercadoria.

Com a invasão do Egito por vários povos, desde os romanos, a escravidão das mulheres só piorou, os haréns dos faraós que era onde moravam suas esposas e filhas, onde seus filhos eram criados, se tornou local para guardar as mulheres escravizadas que eram obrigadas a dançar para entreter os lideres, e a se prostituir.

Outras foram expurgadas por não aceitarem a escravidão, passando a viver nas ruas e dançando para sobreviver, muitas caindo na prostituição também por desespero. Não podiam voltar para os haréns ou templos pois seriam mortas e não poderiam ser aceitas pelas famílias sob pena de serem mortas pelos próprios pais.

Some-se a tudo que foi dito, as escrituras iniciadas por Moisés, a criação do cristianismo e do islã, onde em todas as situações a mulher e degradada e simplesmente vista como um ser inferior, culpada pelo pecado original, obrigada a ser submissa e tendo o sensualidade ligada apenas ao ato do sexo e a obrigação da procriação. Ou seja, sem liberdade a mulher é impedida de tudo, inclusive de dançar.

Precisamos lembrar que a dança feminina foi criada para a mulher celebrar o feminino, a fertilidade, a vida.

A mulher passou a dançar para homens por ter sido escravizada e obrigada a isso.

Deste tempo pós criação do cristianismo e islã, temos um lapso temporal onde não sabemos ao certo como era a dança no Egito, e apenas em meados de 1798 vemos bailarinas ghawaze (ciganas), sendo citadas por soldados franceses, consideradas as primeiras bailarinas profissionais. Suas apresentações em praça pública foram objeto das primeiras cartas dos soldados franceses a seus superiores durante a ocupação francesa em solo egípcio. Segundo Claudia Cenci em seu livro “A dança da libertação” (2001), as descrições sobre o Egito feitas por estudantes e pesquisadores franceses “despertou um enorme interesse sobre o Oriente, dando início a era Orientalista que influenciou a produção artística ocidental dos séculos seguintes”.

Muitas Ghawaze foram levadas do Egito para as feiras internacionais na Europa e EUA e assim o mundo começa a tomar conhecimento de uma dança feminina diferente que era executada no Cairo e região.

Muitas foram proibidas de chegar perto dos soldados e em torno de 400 foram decapitadas e jogadas no rio Nilo.

No final do século XIX e princípio do XX, temos no Egito uma grande revolução social, acompanhando a revolução industrial que movimentava todo o mundo ocidental. Neste período, o Egito foi social e economicamente dirigido pela Inglaterra, que levou para o Cairo muitos estrangeiros, investidores, arqueólogos e pesquisadores, além de inovações tecnológicas como a fotografia e o cinema.

Neste período, a cena cultural do Cairo muito se desenvolveu a exemplo de como era a própria cena cultural do Rio de Janeiro: Muitos cassinos e casas de espetáculos atraíam não só os estrangeiros, como os próprios egípcios negociantes e residentes na capital.

Neste contexto, surge a primeira das grandes estrelas do cinema egípcio: Badia Massabni, libanesa, cedo deixa o cinema para abrir o famoso Cassino Badia e também o Cassino Ópera do Cairo.

Esta foi a mais importante casa dedicada a
espetáculos no Cairo. Por ela passaram grandes estrelas do cinema como, Naima Akef, Tahya Karioca, Samya Gamal, e grandes músicos como Farid Al Atrche, Mohamed Abdel Wahad e Abdul Halim Hafez.

Assim Badia inicia o que hoje entendemos por Raks Sharki ou Dança do Ventre.

Em 1960 Mahmoud Reda e Farida Fahmy vem fazer uma nova revolução na dança egipcia, adaptando o cotidiano do interior do Egito para os palcos e dai nasce o Raks al Assaya (dança do bastão ou bengala feminino egipcio), Tahtib (como dança para palco e não apenas a luta que já existia nos vilarejos), Fallahi, Melleah Laf, entre outros.

Muitas foram as estrelas da dança do ventre do egito nesses últimos cem anos. Podemos citar para estudo: Souhar Zaki, Najwa Fouad, Monah Said, Fifi Abdo, Aida Nur, Dina, Randa Kamel e a brasileira Soraya Zaied.

Hoje a dança do ventre pelo mundo sofre a influência de várias outras danças, em cada pais que ela chegou foi influenciada pela cultura local e as danças locais. Por isso vemos tanta diferença entre bailarinas brasileiras, argentinas, americanas, russas e etc.

E sempre que se observa uma bailarina dançando, seja iniciante ou uma profissional como as acima citadas, vemos o quanto elas são felizes dançando.

Por isso, de tudo que vemos a dança feminina pode ser considerada um ato de libertação e rebeldia. Uma forma da mulher se encontrar novamente com sua essência. De se enxergar como um ser sagrado não espúrio. De defender que não é a culpada de parte das mazelas do mundo por dançar de maneira sensual e ter a sensualidade como algo inerente a si.

A dança do ventre é, e sempre foi, um ato de celebração a vida, onde todas as mulheres podem dançar, sejam crianças ou adultas, brancas ou negras, magras ou acima do peso.

Se esse ato de celebração da vida incita a luxúria masculina, basta aos homens aprender a controlar sua natureza selvagem, para assim poder dizer realmente que é um ser civilizado e evoluído.

Da época dos faraós e romanos até hoje já se passaram mais de 3000 anos, não é possível que não evoluímos nada.

Ou seja, em vez de proibir as mulheres de dançar, que tal controlar seus próprios vícios e impulsos mundanos meninos? Em vez de proibir as mulheres de dançar, que tal defender elas caso seja necessário, de homens que não sabem a diferença entre humano e selvagem? Que tal tentar apreciar a beleza da dança, sem tentar tocar, intervir, possuir e sujar?

 

Fontes: Wikipédia, https://nadjaelbalady.blogspot.com/2019/09/a-influencia-do-folclore-arabe-na.html, https://studioanuar.blogspot.com/2017/01/a-era-de-ouro-dadanca-egipcia-cassinos.html, Anthar Lacerda, Cristina Shafer, https://azmina.com.br/reportagens,https://omundohoje.com/2019/08/15/mulheres-no-antigo-egito-e-a-sociedade-matriarcal-que-prosperou-por-milhares-de-anos/

 

CAMPO GRANDE, MS, 14 DE DEZEMBRO DE 2019

 

 

 

HANA AYSHA

 

hana-aysha.webnode.com/artigos/

ORQUESTRA ÁRABE

 

Uma orquestra é um grupo musical típico da música clássica. Uma orquestra de pequena dimensão é chamada de orquestra de câmara. Já uma orquestra de grande dimensão é conhecida como orquestra sinfônica ou orquestra filarmônica. A origem da palavra vem da Grécia Antiga, indica a área compreendida ao espaço dedicado ao público, no intuito da dança, sentido adaptado e compreendido como espaço entre o palco e a plateia. Uma orquestra (modelo ocidental) pode ser classificada em sinfônica/filarmônica ou câmara, onde uma orquestra sinfônica ou filarmônica é formada normalmente por 50 a 100 instrumentistas. A orquestra de câmara costuma ter até 40 integrantes. Tendo diversas composições, uma orquestra em geral possui quatro grupos de instrumentos: as cordas (violinos, violoncelos, arpas e pianos), madeiras (flautas, oboés, clarinetes), metais (trombones, trompetes e tubas) e percussão (surdo, tímpanos, pratos, entre outros). 

Orquestra árabe tradicional, com nome de buzuk e mizmar entram para o rabab). 

Também pertencentes a orquestra tradicional árabe e componente indispensável temos a família de instrumentos de percussão ou 'raq<span 1px="" 8aaaaaaaaaach5baeaaaialaaaaaafaaqaaaiilgaxcchrtcgaow="=" );"="" background-color:="" border-bottom:="" class="SpellingError SCXW30241632 BCX0" data-ccp-parastyle="Body Text" data:image="" r0lgodlhbqaeajecap="" solid="" span="" style="margin: 0px; padding: 0px; user-select: text; -webkit-user-drag: none; -webkit-tap-highlight-color: transparent; background-repeat: repeat-x; background-position: left bottom; background-image: url(">tabal. 

 

MATHEUS CARNEIRO

14/02/2020